terça-feira, 16 de agosto de 2011

Você bate nos seus filhos?

Blog da Claudia
Pedagoga com especialização em psicopedagogia, professora da Fafiteal, bacharel em Teologia com pós-graduação em Aconselhamento Cristão e graduação em Tecnologia em Gestão Pública. Claudia Tenório é escritora com as publicações: Superando a Ansiedade e Dinâmicas de grupos.
          Você bate nos seus filhos?

Tenho dois filhos e de vez em quando ficava na dúvida se bater iria educá-los verdadeiramente. Cheguei à conclusão que não educa, apenas deixa a criança revoltada! Como psicopedagoga também sou questionada sobre se essa prática pode ser adotada nas famílias, como instrumento educativo. 
Primeiro devo esclarecer que esta prática não é um instrumento educativo de jeito nenhum; segundo, quem bate, faz com raiva; e em meio a raiva pode haver um descontrole emocional e, consequentemente, um ato de violência doméstica, que pode mediante denúncia ser caracterizado como crime; terceiro, pais amorosos preferem primeiro o diálogo e punições sem castigo físico, e somente pais agressivos partem para o castigo físico de forma desproporcional à força da vítima.
Sabia que este assunto é tão sério, dada as denúncias de maus tratos aos filhos por alguns pais que já deixou de ser da intimidade das famílias e já virou debate de política pública nacional? Ficou caracterizado que as crianças sofrem muito no Brasil (e no mundo também!). Os dados nacionais são absurdos: as crianças dentro do próprio lar são vitimas de todos os tipos e promovedores de violência, desde tapas, beliscões, até ter unhas arrancadas, cortar pedaços da orelhas, arrancar cabelos e mantê-las acorrentados como bichos. Sem falar na violência sexual que alguns são submetidos até mesmo ainda bebês!
Este assunto é tão grave que virou inclusive polêmica nos diversos grupos, por isso que foi enviada uma proposta do governo ao Congresso em 2010, que “estabelece o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante”.
Você já apanhou e já bateu?
Foi feita uma pesquisa interessante pelo Datafolha. A amostragem confirmou o que se imaginava. A maioria dos brasileiros já apanhou dos pais. E também já bateu nos filhos. E mais: é contra o projeto do governo federal que proíbe as palmadas, beliscões e castigos físicos em crianças.
Dos 10.905 entrevistados, 54% disseram ser contra o projeto. 36% concordam com a proposta do presidente Lula. Outro detalhe da pesquisa é que os meninos costumam apanhar mais, e as mães (69%) batem mais do que os pais (44%). No total, 72% disseram ter sofrido castigo físico. 16% destes afirmaram que isso acontecia sempre.
Estão aí os dados. Na verdade a maioria não quer se livrar totalmente do direito de pelo menos dar umas “palmadinhas” quando necessário.
Na minha opinião “bater” é uma expressão muito pesada. Prefiro chamar de “correção”. Quando menina, levei algumas palmadas e confesso que não ‘morri’, nem traumatizei, mas os tempos eram outros. Bastava, algumas vezes, um olhar severo para sabermos que estávamos errados e parar com a desobediência. Hoje, se você encara seu o filho com olhar severo pode ser também encarado ou questionado do porquê está daquele jeito. Ele pode até pensar que você está enfartando... Acredito que surras, bater, espancar é um ato de violência e covardia, mas que ainda é, comprovadamente, praticado na casa de muitos brasileiros. Acredito que as “palmadinhas sejam permitidas, porém, sempre com equilíbrio. E o equilíbrio, sem dúvida, é o “x” da questão. Mesmo assim qualquer palmada deve vir uma conversa séria, franca. A criança precisa entender as razões da “punição” ou das “palmadas”. Por isso, prefiro ficar com a Bíblia. “Não deixe de corrigir a criança. Umas palmadas não a matarão. Para dizer a verdade, poderão até livrá-la da morte.” Provérbios 23:13 e 14. (BLH)
E você como enfrenta esta questão? Qual a sua opinião?
Abraços e até a próxima!

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