Essa postagem é do blog do Pastor Geremias do Couto
Tomei conhecimento através
do portal JM Notícias, do Tocantins, que o Ministério do Belenzinho, SP,
estaria estendendo as suas estacas àquele Estado por intermédio da Assembleia
de Deus em Limeira, no estado paulista, com um audacioso projeto de implantar igrejas
em todas as cidades tocantinenses. Parece de início uma iniciativa a ser
aplaudida, pois quem não deseja a expansão do Reino de Deus "até os
confins da terra"? Usando uma expressão corrente em certo círculo
neopentecostal, seria algo "para glorificar de pé, igreja"! Mas o que
poderia estar por trás da proposta?
Sem maiores delongas,
lembro-me de 1989, quando, em Assembleia Geral Extraordinária da CGADB
realizada em Salvador, BA, por pressão da liderança do norte e do
nordeste, entre eles Samuel Câmara,
aliada ao presidente José Wellington Bezerra da Costa, votou-se a suspensão do
Ministério de Madureira até que se retirasse dessas regiões, no que comumente
se designou como "invasão eclesiástica", e também o Ministério
concordasse em retirar de seu Estatuto a natureza nacional de sua convenção.
Houve apenas oito votos contrários. Eu estava entre eles, ao lado de homens do
naipe de José Pimentel de Carvalho. Ao me questionarem, simplesmente aleguei:
"Hoje, com essa decisão, estamos retirando Madureira. Amanhã outra
Madureira surgirá em nosso meio. O que precisamos é de reforma em nosso modelo
eclesiástico, se a liderança tiver coragem para isso".
Creio não ser necessário
acrescentar mais nada. A nova "Madureira" está aí para quem quiser
ver e a tendência é expandir-se cada vez mais, dependendo dos rumos da eleição
na CGADB em 2017. Não nos esqueçamos, fora isso, que aquela resolução e outras
parecidas tratando de "invasão eclesiástica" nada adiantaram, pois o
que temos são extensões de diferentes convenções estaduais do sudeste em todos
os estados do Brasil. Só no Rio de Janeiro, além de nossas quatro convenções
estaduais, há núcleos de outras coirmãs de estados bem próximos. E ninguém fala
mais no assunto.
Tudo isso decorre do
hibridismo do nosso sistema eclesiástico, que permite a construção de grandes
impérios, onde, nas pirâmides, estão pastores afortunados, enquanto na base se
encontram aqueles que andam de bicicleta, mal assalariados, como bem expressou
o pastor Claudionor de Andrade em sua plenária na Conferência de Escola
Dominical realizada em João Pessoa, PB. Na verdade, não estamos construindo o
Reino de Deus, mas construindo o nosso reino.
Como diria Ibrahim Sued, o
resto é silêncio.
Fonte: Postagem completa do
Pastor Geremias Couto com exceção da
foto que foi tirada da Net e editada
pelo editor desse blog.
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Pastor Geremias Couto com exceção da
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